domingo, 29 de abril de 2012


Olho para o horizonte, vejo as nuvens envolvidas no azul do céu, sinto o sol a reflectir o seu brilho e calor para mim, esqueço - me do mundo que me rodeia, procuro - te. Ando para a frente, ando para trás e para os lados, olho em minha volta, não te vejo. Baixo - me, salto e rodo, continuo sem te ver. Dou um passo em frente, caminho quilómetros e ando milhas, não te encontro. Tento voar como um pássaro, andar debaixo da terra como uma toupeira e nadar como um peixe, nem te sinto perto. Vou andar de balão de ar quente, de avião e de foguetão, não encontro o teu rasto. Substituí-o os meus olhos por uns de lince, o meu nariz por um focinho de cão e as minhas orelhas por umas de gato, não te cheiro nem te oiço. Meto - me na 'pele' de um carro de corrida, de uma mota e de uma bicicleta para percorrer o país, não estás em parte nenhuma. Mas afinal, quem és tu? Será que és algo do outro mundo, o vento que leva as folhas de outono caídas no chão, o frio que mata as flores de primavera, o calor que queima as caras pálida, a estrela que nos indica para que lado é o norte, o sonho de uma criança, a água que corre nos rios e dá vida aos peixes, o oxigénio que me deixa viver, o choro de um recém-nascido. Eu não sei, não te consigo ver, tocar, nem cheirar. Continuo à tua procurar sem parar um único segundo até o cansaço me esgotar, não obtenho resultados. Reflicto sobre onde te procurei, foram todos os lugares possíveis e imaginários. Onde estás tu? Será que estás dentro de uma casa, num jardim, num outro continente, num outro planeta, espalhado por aí. Quero - te encontrar e não consigo, dou voltas à cabeça, penso e repenso mas nada. Parece que te escondes de mim, que não te mereço sentir ou que nem sequer tenho direito de pronunciar o teu nome. Parece que tens medo de entrar em mim, de te poderes apoderar de mim. Mas porquê? Será que não tenho o mesmo direito que os outros, que devia sentir o teu oposto e nunca a ti. E outra vez, mas afinal quem és tu? Obtive uma resposta ao ouvido baixinho: " sou o amor ".

domingo, 22 de abril de 2012


Ao perguntarem-me porque chorava, comecei a pensar numa resposta suficientemente boa para não ter de contar tudo.
Qual seria a palavra adequada para resumir tudo pela qual estava a passar? Dor? Saudade? A verdade é que o conhecia à bastante tempo. Apaixonei-me por ele apenas na primeira vez que ele sorriu para mim e, desde então, começara esta reviravolta de sentimentos. E afinal porque choro? O meu coração está destruído. Não dá mais para sorrir. Chega-se a um momento, em que simplesmente, torna-se impossível de fingir. Choro, porque o meu coração insiste em dizer-me que eu preciso somente dele para ser feliz. E enquanto ele não estiver comigo, sentir-me-ei incompleta. Por várias vezes, tentei esquece-lo, não nego, mas tudo em vão, pois à medida que a minha cabeça tentava esquece-lo, o meu coração fazia-me pensar no seu rosto perfeito, nos seus olhos brilhantes e na sua voz suave. Afinal, choro, porque me sinto vazia, por estar sozinha neste mundo em que eu mesma o construí para viver ao lado dele.  E então, decidi responder 'É a minha vida. Apenas se trata desse motivo.
ñ vou ficar aqui para sempre como dantes dizia. Não estou pronta para te deixar, infelizmente tenho de o admitir. Os meus olhos começam a brilhar, as minhas pernas a tremer e as borboletas na barriga aparecem sempre que estou perto de ti. Como fomos e como estamos agora, já viste? Não te consigo deixar, talvez por não fazer nada para tal. Posso perdoar tudo o que fizeste e me disseste mas não esqueço nada. O quão diferente és quando estás com os teus amigos. Não penses que te estou a julgar, porque não estou! Todos somos assim, somos diferentes quando estamos com eles. Eu também, talvez, seja assim (...)