domingo, 17 de março de 2013


Um dia andava a passear, sentia - me perdida, completamente desorientada não sabia por que caminhar ir nem em quem podia confiar. Para mim todos os caminhos metiam medo, olhava para toda a gente com um olhar de receio. Achava que todos os caminhos me podiam levar a um sítio mau, nunca pensava que me podia levar a algo de bom e as pessoas por quem passava pensava que todas me queriam fazer mal se eu lhes dissesse que estava perdida mas comecei a ganhar confiança de mim própria, parei de ter medo de enfrentar qualquer coisa que seja. Olhei à minha volta, reparei no mundo e na realidade onde estava, não queria acreditar que a vida podia ser tão cruel ao ver aquelas crianças sozinhas na rua, ao deus dará, com um aspecto completamente sujo. Homens c armas nos bolsos, assaltos a ocorrerem sem ninguém para prender os assaltantes, prédios a cair e cheios de grafites, as más condições de vida que aquelas pessoas tinham. Queria fazer alguma coisa mas estava sozinha, não conhecia aquele lugar, nunca tinha estado ali. As lágrimas vieram - me aos olhos, só tenho treze anos não sei viver sozinha sem ninguém para me ajudar, não posso arranjar um trabalho para me sustentar, preciso de uns pais para cuidarem de mim, não consigo estar sozinha num sitio desconhecido. Confesso que estava c medo, tremia por todos os lados, as lágrimas escorriam - me pela cara, o meu olhar de tristeza era carregado, estava a entrar em desespero até vi uma luz ao fundo do túnel! Seguia, ela nunca mais acabava, estava a ficar cansada embora nada me fizesse desistir, eu continuava a caminhar sem olhar para trás, com medo que alguma coisa de mal me acontecesse. Comecei a não conseguir ver nada, a luz era demasiado forte até que aquela luz toda começa a enfraquecer e eu começo a ver o que está do outro lado, um campo verde, cheio de flores, animais, rios e cascatas, casais de namorados e casados com os seus filhos, ali não existia nada de mau. 


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