sábado, 10 de março de 2012


Naquele dia eu nasci, naquele dia eu respirei pela primeira vez, naquele dia eu chorei, naquele dia eu vivi, naquele dia eu sonhei, naquele dia eu senti, naquele dia eu aprendi. Não sou uma história igual às outras, sou diferente de todas. Não me conto de forma igual, conto - me diferente. Não transmito uma ideia principal, transmito várias. Não sou pequena nem sou grande, sou diferente. Não faço chorar nem faço rir, sou estável. Não digo o que está correcto nem o que está incorrecto, espero que quem lê aprenda sozinho. Não reconto histórias de outros autores, conto apenas a minha. Não fui escrita como as outras, sou diferente. Não tenho uma moral, sou moral. Não sou uma fábula, sou real. Sou aquela história que tu nunca pensaste ler, que tu nunca quiseste saber muito menos sabias que existia. Somos aquelas palavras todas juntas que formam um texto, mas que tu não queres ler. Sou aquela história complicada de perceber, com palavras caras. Sou aquela história que se escreveu sozinha ao longo do tempo sem tu te aperceberes da sua existência. Por isso. Sou aquilo que construí, sou aquilo que tu jamais conseguirás ser, sou a única estrela do meu universo, sou a única luz ao fundo do túnel, sou o tradutor de palavras intraduzíveis, sou a minha felicidade, sou o meu número um, sou o meu pensamento, sou as minhas lágrimas, sou os meus sorrisos, sou a minha consciência, sou os meus sentimentos, sou a minha maturidade, sou a minha inteligência, sou a minha timidez, sou a minha autoridade, sou a minha controladora, sou a minha pecadora, sou o meu amor, sou a minha amizade, sou a minha importância, sou a minha relevância, sou o meu estatuto, sou a minha reputação, sou a minha alma, sou o meu corpo, sou a minha toma decisões, sou a minha liberdade, sou a minha espontaneidade, sou o meu peso, sou a minha memória.  Sou uma história que nunca foi revelada e que foi abandonada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário